domingo, 9 de outubro de 2011

Os amantes


O dedo risca a pele
sulcando um mapa imaginário
O caminho leva a um vale esquecido,
perdido,
encontrado pelo amante corsário.

A alma aquece sob um sol digital
que queima tudo onde passa,
provoca terramotos de desejo,
na enseada onde se aporta
onde se entrelaça.

Abre-se o caminho com as palavras mágicas proferidas,
e a língua é pena a riscar o papel,
a desenhar promessas,
a curar feridas.

Os amantes voam como pássaros,
navegam na deriva consentida,
sob a lua sorridente, enigmática.

O tempo não existe, o mundo grita,
sem lei no universo, tudo pára.

É quase dia, vamos navegar antes que chegue a aurora.

1 comentário:

Carlota Pires Dacosta disse...

Amar no segredo
Amar na escuridão
Sentir, desejar, querer
Por vezes faz doer... o coração

Adorei!!